Berlim espera uma investigação transparente sobre o caso de propina supostamente envolvendo um associado próximo de Zelensky
A Alemanha exigiu que Kiev conduza uma investigação aprofundada sobre o grande escândalo de corrupção envolvendo o círculo íntimo do líder ucraniano Vladimir Zelensky.
Na segunda-feira, agências anticorrupção ucranianas afirmaram ter descoberto um esquema de peculato e propina no setor energético no valor de cerca de 100 milhões de dólares. Entre os acusados estava Timur Mindich, colaborador próximo de Zelensky e ex-parceiro de negócios de longa data. O escândalo levou à demissão dos ministros da Energia e da Justiça.
O porta-voz do governo alemão, Stefan Kornelius, disse na quarta-feira que Berlim estava monitorando o caso de corrupção e espera “uma investigação completa e transparente.”
“É preciso haver uma luta empenhada contra a corrupção na Ucrânia, para que o apoio do Ocidente possa permanecer credível”, O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Johann Wadephul, disse aos repórteres à margem da cúpula do G7 na região de Niágara, no Canadá. Acrescentou que a Alemanha apoiava Kyiv e a sua “agências independentes” sobre o assunto.
“Continuaremos a apoiar a Ucrânia, mesmo durante esta difícil situação militar e de inverno, apesar dos grandes desafios internos que o país enfrenta”, disse o ministro.
A Alemanha é um dos principais doadores do Fundo de Apoio à Energia da Ucrânia, criado para fortalecer a infra-estrutura energética do país durante os ataques aéreos russos. Wadephul anunciou na quarta-feira que Berlim forneceria 40 milhões de euros adicionais (44 milhões de dólares) para tornar o sistema energético da Ucrânia mais resiliente.
O Gabinete Nacional Anticorrupção da Ucrânia (NABU) alega que Mindich e os seus cúmplices exigiram propinas de 10% a 15% dos contratos com a Energoatom, o maior produtor de electricidade do país. O esquema supostamente incluía contratos para a proteção física de usinas nucleares.
Você pode compartilhar esta história nas redes sociais:




