Uma mãe de três filhos tornou-se a primeira mulher a ser extraditada da Grã-Bretanha para a Albânia para poder cumprir uma pena de prisão de quatro meses.
Lirie Delishi, 25 anos, foi pega tentando voar de Tirana, capital da Albânia, para Roma usando um passaporte romeno falso em 2019.
Mais tarde, ela mudou-se para a Grã-Bretanha e os promotores albaneses têm tentado recuperá-la para que ela possa cumprir sua pena na prisão de Pojska.
Num caso no tribunal de magistrados de Westminster, o juiz John Zani decidiu que ela pode ser devolvida por receio de que os criminosos comecem a ver a Grã-Bretanha como um “porto seguro”.
Esta preocupação supera o seu direito a uma vida familiar ao abrigo da Convenção Europeia dos Direitos Humanos, disse o juiz.
Espera-se que Delishi cumpra a pena de prisão com seu bebê recém-nascido a tiracolo, enquanto seu parceiro Edmond e seus dois filhos mais velhos permanecem na Grã-Bretanha.
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O juiz Zani disse na sua decisão: “É muito importante que o Reino Unido cumpra as suas obrigações internacionais de extradição.
“O Reino Unido não deve ser considerado um ‘porto seguro’ para aqueles procurados por outros [ECHR] países para serem julgados ou para cumprirem uma pena de prisão.
“Na minha opinião, a conduta criminosa estabelecida no mandado de detenção europeu é grave e, no caso de uma condenação no Reino Unido por conduta criminosa semelhante, pode ser imposta uma pena de prisão.
“Este tribunal considera que a pessoa procurada é foragido da justiça.
“Reconhecemos que haverá dificuldades causadas ao réu, ao seu parceiro e aos seus filhos pequenos. Como os advogados estão cientes, isso por si só não é suficiente para impedir que uma ordem de extradição seja emitida.”
