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Volkswagen considerou culpado de exploração trabalhista semelhante a um escravo-MERCOPRESS

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Volkswagen considerou culpado de exploração trabalhista semelhante a um escravo-MERCOPRESS


Brasil: Volkswagen considerado culpado de exploração trabalhista semelhante a um escravo

Sábado, 30 de agosto de 2025 – 10:11 UTC



A Volkswagen terá que pagar uma compensação e oferecer desculpas públicas, entre outras medidas

A montadora Volkswagen foi considerada responsável pela exploração do trabalho análoga à escravidão entre 1974 e 1986 na fazenda Vale do Rio Cristalino, também conhecida como fazenda Volkswagen, localizada em Santana do Aragaia, no estado brasileiro de Pará.

A empresa de propriedade alemã terá que pagar R $ 165 milhões (cerca de US $ 30,38 milhões) em compensação por danos morais coletivos. O dinheiro será conectado ao Fundo Estadual para a promoção de trabalhos decentes e a erradicação de condições de escravo em Pará (funtrad/pa).

“As evidências no caso mostram que a Volkswagen do Brasil não apenas investiu em Companhia Vale do Rio Cristalino, mas também participou ativamente de sua gestão estratégica, beneficiando -se diretamente da exploração ilegal do trabalho”, explicou o juiz Otavio Bruno Da Silva Fereira, da Corte do Trabalho de Redenção (Pa).

Na decisão, o magistrado descreveu ainda que “relatórios oficiais, testemunhos dos trabalhadores e documentos de agências públicas mostram que o modelo de produção adotado incluía práticas de escravidão da dívida, violência e submissão a condições degradantes, constituindo o núcleo do trabalho escravo contemporâneo”.

O Ministério do Trabalho disse em comunicado que centenas de trabalhadores da fazenda Vale do Rio Cristalino foram submetidos a condições degradadas, com vigilância armada, moradias precárias, alimentos insuficientes, escravidão da dívida e falta de assistência médica, especialmente para os afetados pela malária.

A decisão do Tribunal foi motivada por uma ação civil pública apresentada pelo Ministério em dezembro de 2024, com base em queixas da Comissão de Terras Pastoral, apresentada em 2019 pelo padre Ricardo Rezende Figueira, que reuniu documentação sobre situações de trabalhadores serem submetidos a degradar condições de trabalho nas propriedades da Volkswagen.

O ministério obteve acesso a processos judiciais, investigações policiais e certificados e declarações feitas no escritório de um notário que provam a ocorrência dos fatos relatados.

Além da compensação, a Volkswagen deve “reconhecer publicamente sua responsabilidade” e “pedir desculpas” aos trabalhadores afetados e à sociedade como um todo.

A Companhia também terá que adotar uma “política de trabalho humana e decente trabalho”; Inclua cláusulas específicas em todos os contratos com fornecedores que proíbem práticas análogas à escravidão; Permitir auditorias independentes de suas relações contratuais, entre outras medidas.

O empreendimento agrícola da Volkswagen recebeu financiamento público da Autoridade de Desenvolvimento da Amazônia (SUDAM) durante a ditadura civil-militar (1964-1985).

Em 2020, a multinacional alemã assinou um acordo legal com o Ministério Público, um contrato de ajuste de conduta (TAC), reconhecendo seu papel no apoio à ditadura militar e violações dos direitos humanos.

A Volkswagen opera no Brasil desde a década de 1950, um período de industrialização nacional e o início da produção de veículos no país. (Fonte: Agência Brasil)





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