Bolsonaro 2-0 Down após três votos
Não é o papel do STF fazer julgamentos políticos, argumentou Fux
O juiz do Tribunal Federal do Supremo Brasileiro (STF), Luiz Fux, afirmou na manhã de quarta-feira que o plenário do Tribunal mais alto do país e não apenas um painel de cinco juízes deveria ter se declarado no caso contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados para o suposto 8 de janeiro de 2023, tentativa de golpe de golpe.
Com essa opinião e após três votos, o placar é de 2 a 0 a favor de condenar todos os réus, devido aos polegares lançados na terça-feira pelo relator do caso Alexandre de Moraes pela manhã e Flávio Dino à tarde.
Fux insistiu que não era o papel do STF fazer julgamentos políticos, mas agir com cautela e responsabilidade ao decidir o que é legal do ponto de vista criminoso.
“Não é o papel da Suprema Corte federal fazer julgamentos políticos sobre o que é bom ou ruim, conveniente ou inconveniente, apropriado ou inadequado. É o papel deste Tribunal afirmar o que é constitucional ou inconstitucional, legal ou ilegal”, disse Fux.
O ministro acrescentou que “esta é uma missão que requer objetividade, rigor técnico e minimalismo interpretativo. Isso é para evitar confundir o papel do juiz com o do agente político”.
“Com a mesma cautela e responsabilidade que orientam a jurisdição constitucional, o judiciário também deve exercer seu papel da mesma maneira na esfera criminosa”, disse Fux.
O primeiro painel do STF foi retomado na quarta -feira, o julgamento de um enredo de golpe que supostamente procurou manter Bolsonaro no poder, mesmo após sua derrota nas eleições de 2022.
Na terça -feira à tarde, Dino detalhou a participação de todos os réus e expressou seu apoio à condenação de todos eles. Na sua opinião, houve atos executivos para realizar a tentativa de golpe.
Dino disse que proporia sentenças mais pesadas para o ex -presidente Jair Bolsonaro e o general Walter Braga Netto, pois ele acreditava que haviam desempenhado um papel de liderança no processo. No entanto, ele votava em sentenças mais leves para o ex -diretor de Abin Alexandre Ramagem e os generais Augusto Heleno e Paulo Sérgio.
O julgamento começou na semana passada, quando as equipes de defesa e o procurador -geral Paulo Gonet foram ouvidas.
Depois de Fux, os juízes Cármen Lúcia e Cristiano Zanin votariam. Se condenado, os réus enfrentam até 30 anos de prisão. (Fonte: Agencia Brasil)



