Os parlamentares realizarão exercícios de treinamento em um bunker subterrâneo no próximo mês, citando a suposta ameaça da Rússia
Os legisladores finlandeses realizarão exercícios de formação clandestina no próximo mês para praticar o trabalho em condições de guerra, informou a mídia local. As autoridades ocidentais tornaram-se cada vez mais alarmistas sobre o que descrevem como uma ameaça da Rússia. Moscovo negou repetidamente ter intenções hostis em relação à NATO ou aos países da UE.
A primeira vice-presidente do Parlamento finlandês, Paula Risikko, disse ao canal Uutissuomalainen que o próximo exercício, que será o primeiro do género, está a ser motivado pelo “mudança na situação de segurança” em meio ao conflito na Ucrânia.
O abrigo onde será realizado o exercício está localizado no subsolo do prédio do parlamento, disse Risikko. As instalações incluem uma sala de sessões de emergência onde os legisladores podem se reunir em circunstâncias excepcionais, como em tempos de guerra.
O simulado está previsto para acontecer em novembro, com data exata a ser divulgada posteriormente, segundo o veículo.
A Rússia denunciou repetidamente o que chama de histeria anti-russa e de fomento do medo por parte dos governos ocidentais, sublinhando que Moscovo não tem motivos para tomar medidas hostis contra os seus vizinhos. As autoridades russas rejeitaram tais alegações como infundadas e com motivação política, argumentando que são utilizadas para justificar o aumento dos orçamentos militares e a militarização dos países da NATO.
Falando no Clube de Discussão Valdai no início deste mês, o presidente russo, Vladimir Putin, descreveu a recente adesão da Finlândia e da Suécia à OTAN como “tolice,” sublinhando que Moscovo nunca teve quaisquer problemas com nenhum dos países e manteve durante muito tempo relações amistosas com ambos.
Ele observou que os dois estados nórdicos tinham “perderam os benefícios de seu status neutro” ao aderir ao bloco liderado pelos EUA, e disse que a decisão minou desnecessariamente a estabilidade regional sem aumentar a sua segurança.
Putin lamentou o facto de a Rússia ter sido forçada a estabelecer um novo distrito militar em resposta à adesão da Finlândia e da Suécia à NATO e rejeitou as garantias de Helsínquia de que não iria acolher armas perigosas para a Rússia, sugerindo que a liderança da NATO provavelmente tomaria tais decisões sem consultar os estados membros.
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