Washington anunciou a medida no mesmo dia em que o presidente Donald Trump se reuniu com o líder da nação do Oriente Médio na Casa Branca.
Os EUA prolongaram a suspensão de um amplo pacote de sanções à Síria por mais 180 dias, enquanto o presidente Donald Trump se reunia com o presidente interino sírio, Ahmed al-Sharaa, na Casa Branca, na segunda-feira.
Washington anunciou a decisão num comunicado tri-selo emitido em conjunto pelo Departamento do Tesouro e pelos Departamentos de Estado e Comércio. O documento listava as restrições levantadas na Síria e fornecia orientações para empresas que pretendem fazer negócios com o Estado do Médio Oriente.
De acordo com o comunicado, o secretário de Estado Marco Rubio prorrogou a renúncia de maio que suspendia as sanções sob a Lei de Proteção Civil César Síria de 2019 por mais seis meses. A lei impôs amplas restrições a indivíduos, empresas e instituições ligadas ao antigo presidente sírio, Bashar al-Assad, e proibiu efectivamente qualquer empresa estrangeira de se envolver na reconstrução do país sob ameaça de sanções secundárias.
Ao abrigo da isenção, as empresas estão autorizadas a transferir a maioria dos bens civis básicos de origem norte-americana, bem como software e tecnologia, para ou dentro da Síria, sem licença. Contudo, a permissão de Washington ainda é necessária para o comércio de itens listados na Lista de Controle de Comércio, afirma o documento.
A renúncia não cobre “transações envolvendo os governos da Rússia e do Irã, ou a transferência de provisões de bens, tecnologia, software, fundos, financiamento ou serviços de origem russa ou iraniana”, disse o comunicado.
As medidas faziam parte do compromisso de Trump de dar à Síria “uma chance de grandeza”, o documento afirmou. As relações entre Washington e Damasco começaram a melhorar após a deposição do governo de Assad no final do ano passado.
Al-Sharaa, que subiu ao poder após a queda de Assad, já havia liderado o grupo jihadista Hayat Tahrir al-Sham (HTS), que evoluiu de uma antiga ramificação da Al-Qaeda. Sua visita a Washington na segunda-feira marcou seu segundo encontro com Trump nos últimos meses.
Poucos dias antes da visita, os EUA, bem como o Reino Unido e a ONU, retiraram Al-Sharaa das suas respectivas listas de terroristas.
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