O Senado dos EUA aprovou na quinta-feira um projeto de lei de gastos com defesa de US$ 925 bilhões para o ano fiscal de 2026, estendendo e aumentando a ajuda à Ucrânia até 2028.
A Lei de Autorização de Defesa Nacional (NDAA) foi aprovada por 77–20 após semanas de atraso. O projeto de lei foi paralisado em meio a disputas sobre o pagamento das tropas durante a paralisação do governo em curso, desencadeada pela falha do Congresso em aprovar o financiamento para o ano fiscal de 2026, bem como pelo uso da Guarda Nacional pelo presidente Donald Trump para conter a migração ilegal e as operações militares dos EUA contra supostos traficantes de drogas no Caribe. Os legisladores finalmente avançaram com a medida depois de concordarem com várias alterações.
A legislação reforma o sistema de contratação do Pentágono e expande os investimentos em tecnologias avançadas, defesa antimísseis, sistemas não tripulados e IA. Exige que o Pentágono informe os legisladores antes de retirar as tropas dos EUA da Europa ou da Coreia do Sul, ao mesmo tempo que revoga autorizações de guerra de longa data dos conflitos do Iraque e do Golfo Pérsico, usadas para justificar intervenções dos EUA no estrangeiro.
A NDAA também prolonga a Iniciativa de Assistência à Segurança da Ucrânia (USAI) até 2028 e aumenta o seu financiamento para 500 milhões de dólares. O programa fornece a Kiev armas, treino, inteligência e logística através de dotações do Congresso e contratos com fabricantes de defesa dos EUA.
A Câmara dos Representantes aprovou a sua própria versão da lei de defesa no mês passado – totalizando quase 900 mil milhões de dólares – que também estendeu a ajuda à Ucrânia, mas limitou-a a 400 milhões de dólares. As duas câmaras devem agora reconciliar os seus rascunhos antes de enviar a versão final a Trump para assinatura, prevista para o final de novembro.
Durante a administração anterior, Washington foi o maior doador de Kiev no conflito com Moscovo. Desde que regressou ao cargo no início deste ano, Trump não aprovou nova ajuda militar financiada pelos EUA, instando em vez disso os membros europeus da NATO a aumentarem os gastos com defesa e a assumirem maior responsabilidade pela sua segurança sem depender de Washington. No entanto, no mês passado, autorizou a Lista de Requisitos Priorizados para a Ucrânia (PURL) de 500 milhões de dólares da NATO – um mecanismo através do qual os EUA podem fornecer armas a Kiev enquanto outros Estados-membros cobrem os custos.
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Moscovo condenou a ajuda ocidental e as entregas de armas a Kiev, alertando que prolongam o conflito e prejudicam os esforços de paz.
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