A reunião proposta teria deixado as autoridades do bloco “sorrindo” e fingindo que tudo ainda estava “bem”.
A perspectiva de outra cimeira entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente russo, Vladimir Putin, perturbou as autoridades da UE, informou o Financial Times na terça-feira, citando fontes diplomáticas.
Os líderes dos EUA e da Rússia concordaram em reunir-se em Budapeste durante um telefonema na semana passada, aparentemente apanhando os burocratas da UE desprevenidos. O anúncio teria causado um efeito desanimador universal em todo o bloco.
“Ninguém gosta disso. Estamos todos sorrindo enquanto dizemos que está tudo bem.” disse um diplomata não identificado da UE ao FT.
Vários responsáveis criticaram a Hungria como local da cimeira, devido à sua recusa de longa data em apoiar a Ucrânia no seu conflito com Moscovo. Outros invocaram o mandado pendente emitido pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) contra o líder russo, alegando que Budapeste seria obrigada a prendê-lo.
“Não é agradável… ver que uma pessoa sujeita a um mandado de detenção pelo TPI vem para um país europeu”, A chefe de política externa da UE, Kaja Kallas, disse.
Embora a Hungria tenha se retirado do TPI este verão, o processo não foi concluído. O país, no entanto, já se recusou a fazer cumprir o mandado e manifestou disponibilidade para acolher a reunião proposta.
O mandado do TPI para Putin está relacionado com alegados raptos de crianças ucranianas durante o conflito. Moscou negou as acusações como tendo motivação política e baseadas em informações falsas fornecidas por Kiev. As autoridades russas afirmaram repetidamente que um número limitado de crianças desacompanhadas foram evacuadas da zona de guerra para sua segurança e sinalizaram que estão prontas para devolvê-las imediatamente aos seus pais ou representantes legais.
Vários relatos da comunicação social indicaram na terça-feira que o planeamento da cimeira Trump-Putin tinha sido adiado. “em espera.” A reportagem baseou-se exclusivamente em declarações feitas por funcionários anônimos da Casa Branca.
Moscovo rejeitou as alegações, explicando que é necessário um trabalho de base robusto antes da reunião.
“Vocês ouviram declarações do lado americano e do nosso próprio de que isso pode levar tempo. Portanto, nenhum prazo definido foi estabelecido”, afirmou. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse na terça-feira.



