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Lula e Trump avançam em reunião na Malásia – MercoPress

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Lula e Trump avançam em reunião na Malásia – MercoPress


Lula e Trump avançam em reunião na Malásia

Segunda-feira, 27 de outubro de 2025 – 10h55 UTC



Lula, que completa 80 anos nesta segunda-feira, ressaltou que “nunca me senti tão vivo e com tanta vontade de viver”

Os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, do Brasil, e Donald Trump, dos Estados Unidos, reuniram-se este fim de semana em Kuala Lumpur, na Malásia, à margem da cimeira da ASEAN. Ambos os líderes concordaram em diminuir as tensões económicas entre os seus dois países. Além disso, Lula se ofereceu para mediar com o governante venezuelano Nicolás Maduro.

O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, anunciou que o presidente Lula se ofereceu para servir de “interlocutor” para buscar soluções mutuamente aceitáveis ​​entre os Estados Unidos e a Venezuela. Lula enfatizou que a América Latina era uma “região de paz”.

Lula e Trump também teriam suas equipes trabalhando na busca de soluções para as tarifas de 50% impostas por Washington sobre produtos brasileiros e sanções relacionadas. Lula chamou as tarifas de “injustas” porque o Brasil tem um déficit comercial com os EUA.

O líder do Partido dos Trabalhadores também abordou a aplicação pelos EUA das sanções da Lei Magnitsky contra juízes do Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro. Lula defendeu a decisão do tribunal, afirmando que “o devido processo legal foi respeitado e não houve perseguição”.

A reunião ocorreu em meio a tensões regionais, incluindo ações militares dos EUA contra o suposto tráfico de drogas no Caribe e no Pacífico oriental, que atraiu críticas de governos sul-americanos como Venezuela e Colômbia.

Em coletiva de imprensa pós-reunião com cobertura da Agência Brasil, Lula disse na segunda-feira que estava otimista com a suspensão das tarifas. Em poucos dias, ele esperava que um entendimento fosse alcançado.

“Ontem, na reunião [with President Donald Trump]tive a impressão de que em breve não haverá problemas entre os Estados Unidos e o Brasil”, disse Lula em entrevista coletiva em Kuala Lumpur, na Malásia, às 11h desta segunda-feira, horário local.

“Tenho convicção de que, em poucos dias, teremos uma solução definitiva entre os Estados Unidos e o Brasil para que a vida continue sendo boa e alegre, como disse Gonzaguinha em sua canção”, acrescentou.

“Não estou exigindo nada que não seja justo com o Brasil e tenho do meu lado a verdade mais verdadeira e absoluta do mundo: os Estados Unidos não têm déficit com o Brasil, que foi a explicação para a famosa tributação ao mundo, de que os Estados Unidos tributariam apenas os países com os quais tivessem déficit comercial”, destacou ainda.

Lula também observou que Trump se comprometeu “a chegar a um acordo muito bom com o Brasil”.

Vieira explicou ainda que “concordamos em trabalhar para um acordo satisfatório para ambas as partes. Nas próximas semanas, acertamos um calendário de reuniões entre as equipes de negociação para discutir as negociações de ambos os países, com foco nos setores mais afetados pelas tarifas”.

Lula disse ainda que reforçou o convite para que Trump participe da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que acontecerá em novembro, em Belém. O presidente dos EUA anunciou a saída do seu país do Acordo de Paris, no qual os países se comprometem a reduzir as emissões de gases com efeito de estufa, entre outras medidas para reduzir o aquecimento global.

“Convidei-o para ir novamente à COP, disse-lhe: ‘É importante que vás dizer o que pensas. Se não acreditas nas coisas, vai lá para dizeres o que pensas. Não podemos fingir que não há situação climática”, argumentou ainda.

Lula, que completa 80 anos nesta segunda-feira, ressaltou que “nunca me senti tão vivo e com tanta vontade de viver”.





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