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Após tempestades violentas, o Brasil enfrenta ameaça contínua de ciclone – clima severo também previsto na Argentina – MercoPress

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Após tempestades violentas, o Brasil enfrenta ameaça contínua de ciclone – clima severo também previsto na Argentina – MercoPress


Após tempestades violentas, o Brasil enfrenta ameaça contínua de ciclone – clima severo também previsto na Argentina

Quinta-feira, 13 de novembro de 2025 – 09:37 UTC



Um ciclone é uma vasta área de baixa pressão atmosférica que pode abranger milhares de quilômetros

Após um poderoso ciclone extratropical que varreu o centro-sul do Brasil na semana passada — trazendo fortes tempestades e um tornado que devastou partes do Paraná e de Santa Catarina — os meteorologistas alertam que o país enfrenta um risco contínuo de eventos climáticos semelhantes até o final do ano.

Os especialistas sublinharam que, embora seja impossível uma previsão precisa do número de ciclones restantes, a passagem de frentes frias em Novembro torna prováveis ​​novos episódios. Os meteorologistas explicam que a trajetória exata e a intensidade de um ciclone extratropical só podem ser previstas dias antes de atingir o continente.

Wanderson Luiz Silva, professor de meteorologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), observou que todo ciclone extratropical está associado a uma frente fria. Com a previsão de que mais sistemas frontais passem pelo Brasil antes do final de novembro, mais ciclones são possíveis. “É preciso monitorar dia a dia para prever a localização do deslocamento desses ciclones, se serão mais próximos ou mais distantes da costa brasileira”, disse Silva ao Metrópoles.

Antonio Marengo, meteorologista do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), confirmou que um ciclone já ocorreu e outro está “entrando” na região, reforçando que previsões precisas só são possíveis no curto prazo.

Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), um ciclone é uma vasta área de baixa pressão atmosférica que pode se estender por milhares de quilômetros. No Hemisfério Sul, os ventos giram no sentido horário em direção ao centro de baixa pressão, concentrando ar quente e úmido que sobe para formar nuvens intensas, causando ventos fortes e chuvas fortes.

Marengo explicou que os ciclones extratropicais são comuns no Atlântico Sul. O perigo surge quando um ciclone “se intensifica e se aproxima demasiado do continente”, o que pode gerar fortes vendavais, tempestades de granizo e, por vezes, gerar vórtices mais pequenos que levam a tornados.

O meteorologista do Cemaden, Marcelo Seluchi, acrescentou que vários artigos científicos sugerem que os ciclones estão se tornando mais intensos em geral, um fator diretamente ligado às mudanças climáticas. Seluchi explicou o processo físico: ciclones mais intensos requerem maior teor de umidade fornecido por uma temperatura mais elevada nos oceanos e na atmosfera. “Você tem uma fonte adicional, que são os oceanos mais quentes, e uma atmosfera que consegue reter essa umidade. Então, essa é a receita. É um dos requisitos para termos ciclones mais intensos”, comentou.

Argentina

Enquanto isso, na Argentina, o calor deverá retornar à região de Buenos Aires antes das tempestades no próximo fim de semana. Depois de um breve período de chuvas leves de uma frente fria fraca, o tempo quente e ensolarado deve retornar à Área Metropolitana de Buenos Aires (AMBA) antes que uma rodada prevista de instabilidade traga tempestades no fim de semana, de acordo com o Serviço Meteorológico Nacional (SMN), que prevê céu limpo e aumento de temperaturas até sexta-feira, impulsionado por ventos de nordeste. O clima será quente e estável em toda a região.

Sábado marcará um aumento significativo de temperatura, com máximas potencialmente atingindo 32 °C. No entanto, espera-se que uma nova frente úmida se aproxime, trazendo a probabilidade de chuvas e tempestades durante a noite, que devem durar até as primeiras horas de domingo.

O SMN também emitiu vários alertas meteorológicos para outras áreas da Argentina, com a parte norte do país sob Alerta Amarelo e Laranja para tempestades intensas e ventos fortes, enquanto o Sul da Argentina (sul de Chubut e Santa Cruz) está sob Alerta Amarelo para ventos fortes. A previsão é que os ventos de oeste atinjam velocidades de 50 a 60 km/h, com rajadas potencialmente atingindo 90 km/h.





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