O Santo Amaro Favela está localizado no Rio de Janeiro’s Zona sulmais especificamente entre os bairros de Catete, Glóre Santa Teresa. Durante as primeiras horas de 7 de junho de 2025, a comunidade estava comemorando seu tradicional anual anual Festa Junina (Celebração de junho), quando o que deveria ter sido um momento alegre transformado em dor e indignação como violência policial tirou a vida de 24 anos Herus Guimarães Mendes e dezenas traumatizadas de crianças e outros residentes.
Diante da profunda desigualdade social e do desvalorização de vidas da favelao lutar pela justiça e a equidade permanece uma constante na favela.
![Em 18 de junho, o Santo Amaro Quadrilha Junina se apresentou em homenagem a Herus, um morador assassinado por Bope [Special Operations Battalion] em 7 de junho, durante o tradicional Festa Junina da comunidade. Foto: Junina João Danado Archive Em 18 de junho, o Santo Amaro Quadrilha Junina se apresentou em homenagem a Herus, um morador assassinado por Bope [Special Operations Battalion] em 7 de junho, durante o tradicional Festa Junina da comunidade. Foto: Junina João Danado Archive](https://rioonwatch.org/wp-content/uploads/2025/07/Quadrilha-junina-performance-in-honor-of-Herus-Guimaraes-Mendes-Photo-Archive-Junina-Joao-Danado.png)
A força para avançar vem da comunidade. Essas eram as palavras de Simone Rocha, atual presidente do Santo Amaro’s Quadrilha Juninadurante o desempenho do grupo em 18 de junho.
“À luz de tudo o que aconteceu, escolhemos prosseguir com essa performance – também a pedido de Mônica, a mãe de Herus. Pensamos em desistir, desmantelar o grupo, cancelar nossos compromissos. Mas isso não seria justo com a comunidade, quando os membros do grupo não seriam justos. – Simone Rocha
https://www.youtube.com/watch?v=bubjnlj7nnk
O Festa Junina No Santo Amaro Favela é uma tradição cultural que existe há décadas. A princípio, o Quadrilha Junina Não tinha um nome oficial, mas após uma votação, tornou -se João Danado (“Wicked Johnny” seria uma tradução divertida). Desde a década de 1980, João Danado tem sido um símbolo de resistência cultural, passada por gerações em Santo Amaro. Criado pelos moradores, o estilizado Quadilha destaca -se por seus figurinos e temas elaborados que celebram as artes e culturas do Brasil e do mundo. Além do entretenimento, o grupo apóia as empresas locais e cria oportunidades para crianças e jovens da comunidade.

Entre 1989 e 1994, casais e dançarinos do sexo masculino representaram João Danado com coreografias ensaiadas e etapas bem definidas. Esses primeiros anos lançaram as bases para o legado do grupo, que, a partir de 1994, expandiu -se com a criação de João Danado Mirim – uma versão destinada a crianças da comunidade. Este novo ramo contribuiu para a preservação cultural das festividades e garantiu que a tradição fosse transmitida de geração em geração. Na mesma época, o Junina garantiu um espaço no campo da comunidade, onde as performances ainda são realizadas hoje, atraindo moradores e visitantes de todo o estado do Rio.

1995 foi um momento crucial, quando a rede de suporte se expandiu, fornecendo recursos essenciais que abriram novas possibilidades de estruturas, figurinos e reconhecimento mais amplo do valor cultural de João Danado.

Em 1998, o Quadilha teve a chance de realizar seu sonho de se apresentar no tradicional e conhecido Arraiá do Rio, que na época era realizado no Marquês de sapucaí sambadrome. Foi um marco na jornada de João Danado – o grupo realizou “Pavão Misterioso” e venceu a competição.

De ensaios a performances, a comunidade permanece unida na promoção Junina cultura dentro e além de seu território. João Danado supera obstáculos para mostrar seu trabalho em vários Junina Eventos em todo o estado do Rio de Janeiro.

A equipe de apoio desempenha um papel essencial – desde o incentivo durante os ensaios até os figurinos e ajudem nos preparativos para as performances.

A equipe de João Danado é composta principalmente por famílias de Santo Amaro. É uma tradição intergeracional – as mães que dançaram nos anos 90 agora apóiam seus filhos e filhas na continuação de seu legado.

O grupo também atrai jovens de diferentes gerações, que vêem a dança como uma forma de expressão e, no João Danado Quadilhauma representação de sua cultura local.

A riqueza da cultura periférica, muitas vezes desvalorizada, existe, resiste e persiste. Hoje, João Danado é muito mais que um grupo cultural. Simboliza afeto, respeito, cuidado, unidade e resistência coletiva na cultura popular. Quando perguntado o que Festa Junina e João Danado significam para eles, os moradores de Santo Amaro responderam com palavras como “cultura”, “história”, “lazer” e “comida tradicional” se destacaram.



Todo o movimento artístico nascido na favela através do Quadilha impacta a vida diária dos residentes ao longo do ano e oferece modelos positivos para gerações mais jovens.

Sobre o autor: Amanda Rocha é jornalista e pesquisadora cultural, com experiência em relatórios, redação e produção de eventos. Comprometido com os movimentos socioculturais, Rocha acredita na educação e na cultura como ferramentas para a transformação. Rocha voluntários no Love Santo Amaro Institute.
Sobre o autor: Nandara Mendes nasceu e foi criada no Santo Amaro Favela. Ela é formada em arquitetura e planejamento urbano pela Universidade Federal de Fluminense (UFF) e um mestrado em Estudos Urbanos e Planejamento pela Aalto University, Finlândia. Atualmente, Mendes está realizando pesquisas de doutorado em antropologia cultural na Universidade de Helsinque, concentrando-se na regeneração urbana por meio de métodos baseados em patrimônio. Mendes voluntários no Love Santo Amaro Institute.
![Tradicao-resistencia-e-poder-cultural-no-coracao-do-Santo-Amaro.jpg Tradição, resistência e poder cultural no coração do Santo Amaro Favela [IMAGES] - RioonWatch](https://cityportal.com.br/wp-content/uploads/2025/08/Tradicao-resistencia-e-poder-cultural-no-coracao-do-Santo-Amaro-640x427.jpg)


