A inflação brasileira em agosto cai um pouco, mas permanece acima do alvo
Dentro da cesta do IPCA, declínios notáveis vieram de gasolina (-0,94%) e eletricidade (-4,21%).
O índice oficial de inflação do consumidor do Brasil (IPCA) caiu 0,11% em agosto, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na semana passada. Esta foi a primeira leitura negativa desde agosto de 2024 e a queda mais nítida desde setembro de 2022, quando a inflação caiu 0,29%.
Com o resultado de agosto, a inflação atingiu 5,13% nos últimos 12 meses, em comparação com 5,23% em julho. Em oito meses, os preços do consumidor aumentaram 3,15%.
O resultado de 12 meses permanece acima da meta de inflação do banco central de 3% em 2025 e fora da banda de tolerância de mais ou menos 1,5 pontos percentuais.
Entre as nove categorias de gastos rastreadas pelo IPCA, alimentos e bebidas aprofundaram seu declínio de julho a agosto (de -0,27% para -0,46%), enquanto os custos de moradia revertiam a direção (de +0,91% para -0,90%). Os bens domésticos também se mudaram para território negativo (de +0,09% para -0,09%), assim como o transporte (de +0,35% para -0,27%). As despesas pessoais diminuíram o ritmo de aumento (de +0,76% para +0,40%).
As roupas entraram em território positivo (de -0,54% a +0,72%), enquanto aumentos mais fortes foram registrados em saúde e cuidados pessoais (de +0,45% a +0,54%) e educação (de +0,02% a +0,75%). A comunicação permaneceu inalterada (-0,09%).
Dentro da cesta do IPCA, declínios notáveis vieram de gasolina (-0,94%) e eletricidade (-4,21%). A eletricidade teve o maior impacto descendente no índice de agosto, reduzindo o valor geral em 0,17 ponto percentual.
Ibge calcula a inflação oficial com base na cesta de consumo de famílias que ganham entre um e 40 salários mínimos, cobrindo 10 regiões metropolitanas, bem como Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e Brasília.



