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Na véspera do COP30, as discussões colocam as favelas no centro da agenda climática ‘para que outro mundo possa nascer’ – Rioonwatch

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Na véspera do COP30, as discussões colocam as favelas no centro da agenda climática 'para que outro mundo possa nascer' - Rioonwatch


A ‘conversa direta para o clima’ destaca as perspectivas da favela na agenda da COP30, que ocorrerá em Belém do Pará, no coração da Amazônia brasileira, em novembro de 2025. Foto: Carla Regina

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Durante a última semana de agosto, a favela baseada Instituto de Talk Straight Hospedou a semana de ‘Straight Talk for Climate’ em Complexo do Alemãoum dos maiores grupos de favelas do Rio de Janeiro, na cidade Zona norte. O objetivo era discutir questões que serão abordadas na Conferência de Mudança Climática das Nações Unidas para 2025 (COP30) e refletir sobre o papel das favelas brasileiras no contexto pós-conferência. Moderado por Raull Santiagoco-fundador e diretor executivo do Instituto, o evento reuniu David Amenco-fundador do Instituto de raízes em movimento; Josefa Mariaeducador ambiental e Agricultor Agroecológico de Pedra do Sapouma das favelas de Alemão; Uutau Guajajara, chefe do Maraká’ná Village Multiétnic Indígena Universidade; JUREMA WERNECKEnviado Especial da COP30 para a igualdade racial e comunidades periféricas; Marcelle DeCothédiretor estratégico do Iniciativa PIPA; Diretor Executivo da COP30 Ana Tonie outros participantes da sociedade civil e favelas.

Fundado como o COLECTION DO COLAÇÃO STILL Após o complexo das inundações e deslizamentos de terra de Alemão em 2015, o grupo de jovens se dedicou inicialmente à luta pela justiça social e contra a violência policial durante ataques nas favelas – especialmente no Alemão e Penha complexos. Como os impactos de mudança climática Torne -se cada vez mais evidente na vida cotidiana dos moradores, Santiago diz que decidiu “retornar às nossas raízes”, promovendo o evento ‘Straight Talk for Climate’ em complexo do Alemão durante Semana de ação climática do Rio.

“Nos últimos três ou quatro anos, desde o meio do pandemiacomeçamos a perceber a importância de encontrar uma estratégia para discutir questões climáticas, tentar organizar e fortalecer os movimentos e residentes locais da comunidade. Com a semana de ação climática do Rio, criamos a semana de ação ‘Straight Talk for Climate’ – um ponto de encontro para compartilhar projetos existentes, com um forte foco nas favelas localizadas ao longo do Serra da MisericórdiaAssim, [a degraded urban hillside forest and the largest green space in Rio’s most populous region] dentro de [Brazil’s broader] Floresta Atlântica. ” – Raull Santiago

‘Você não pode discutir soluções climáticas sem as comunidades diretamente afetadas’

As discussões tiveram a participação ativa de moradores que compartilhavam soluções históricas climáticas desenvolvidas no contexto de Alemão complexo e além.

“Em 2001, não havia uma única árvore na Avenida Central [in Complexo do Alemão]e isso nos incomodou. Então começamos a pensar em plantar pequenos canteiros de jardim no pé da colina, em Largo da Morte. O nome [Death Square] É pesado o suficiente, não é? O nome em si evoca agonia. Queríamos tornar as coisas verdes, como Luiz Poeta Costumava dizer: ‘Vamos virar Serra da Misericórdia Verde, vamos ficar complexos do Alemão Green!’ E pensamos que gostaríamos de virar a Avenida Central Green também. Com pequenas mudas, pequenos canteiros de jardim, sabe? Então poderíamos ter um pouco de verde, um pouco de sombra. Olhando para baixo de cima, por exemplo, poderíamos ver Cristo Faria com aquelas árvores maravilhosas, com aquela sombra maravilhosa e [imagined that Avenida] Central pode ser o mesmo. Então começamos a pensar nessa mudança, essa transformação de dentro da comunidade – sobre o que pode ser feito com poucos recursos. Estávamos lá ocupando o espaço que o governo deveria estar ocupando, pensando em ações que o governo deveria necessariamente pensar, mas não era. As coisas eram muito diferentes do que são hoje. Foi uma batalha difícil; Sempre foi uma batalha difícil, certo? Nossa idéia era trabalhar em micro-áreas para trazer qualidade de vida a essa área. ” – David Amen

Em seguida, Josefa Maria contou suas experiências e as soluções que ela desenvolveu para melhorar o complexo do Alemão.

“Comecei como voluntário em Verdejare então comecei a notar que, em geral, os moradores do Rio realmente gostam de comida frita – mesmo mais do que em [the northeastern city of] Recife [where I come from]. Isso não é bom, certo? Mas então comecei a pensar na questão do petróleo. Para onde vai esse óleo? Como as pessoas se livram deste petróleo? Foi quando comecei a conversar com os moradores sobre colecioná -lo. Decidi fazer algo a respeito, porque em Recife eu havia me juntado ao meu vizinho e alguns vizinhos próximos para iniciar uma cooperativa de reciclagem. Então comecei a fazer esse tipo de trabalho aqui no Rio também. Durante a pandemia, comecei a ir de porta em porta, assim como fiz em Recife. ” – Josefa Maria

Josefa Maria falou sobre esse importante trabalho que ela fez na comunidade, além de distribuir cestas de alimentos básicos.

“Em 2020, no início, eu montei o ponto de entrega para reciclagem na Rua Santa Terezinha. Quem já subiu minha rua sabe quanto lixo costumava haver-tanto que transbordou ladeira abaixo. Não havia nada que parasse daquele lixo de cair e eu sempre pensei: ‘Por que?’ E as pessoas diziam: ‘Oh, vamos lá, você não é nada, você não é o presidente’. Mas eu sou um residente! E eu queria o bem da comunidade-eu queria que ela parecesse limpa e organizada … então fui em frente e montei meu pequeno ponto de entrega. – Josefa Maria

Marcelle DeCothé, nascido e criado em Parada de Lucastambém na zona norte do Rio e um representante da iniciativa PIPA, foi outra voz poderosa nas discussões. Em sua palestra, DeCothé compartilhou os desafios de acessar recursos no Brasil para combater os efeitos das mudanças climáticas.

“Eu acho que os policiais são eventos [meant] Para os países se envolverem em discussão, para decisões que levarão anos para avançar – mas São espaços importantes. Eu acredito que as pessoas têm um papel simbólico e político crucial no policial [conference]. Nos últimos anos, vi muitas organizações climáticas de comunidades periféricas concentrarem seus esforços em estar no policial. Porque você não pode dizer que vai segurar um policial no Amazon sem as pessoas que vivem na Amazônia. Isso não faz sentido. Porque a Amazônia não é apenas árvores, certo? Existem pessoas, comunidades, populações [living there]. Você não pode discutir o bioma da floresta atlântica sem falar sobre as pessoas que vivem no bioma da floresta atlântica … você não pode discutir soluções climáticas sem se envolver com as comunidades que são diretamente afetadas, que estão agindo. ” – Marcelle DeCothé

Jurema Werneck e Denise Dora, Cop30 Especial Enviars para Direitos Humanos e Just Transition, discutem o futuro pós-COP30 do Brasil em Belém com Raull Santiago. Foto: Carla Regina
Jurema Werneck e Denise Dora, Cop30 Especial Enviars para Direitos Humanos e Just Transition, discutem o futuro pós-COP30 do Brasil em Belém com Raull Santiago. Foto: Carla Regina

JUREMA WERNECK é um médico e líder reconhecido internacionalmente do Movimento Negro Brasileiro, co-fundador da Organização de Direitos das Mulheres Negras CRILA e um nativo de Morro Dos Cabritosno Rio Zona sul. Como enviado especial da COP30, ela ingressou no painel final para discutir o que a conferência representa para a população negra e os moradores da Favela.

“Qual é o policial para nós? O policial é o momento para nos reagruparmos, revisar, atualizar nossa estratégia. É nosso momento encontrar uma maneira de fazer alguma coisa. Esse policial, em particular, tem um horizonte, uma presença assustadora, não é? Não tem um fantasma, que é o fim do mundo. Porque eles dizem que o mundo diz que não é? Meu mundo terminou muitas vezes. E continuará, junto com o mundo. Devo dizer que, da minha perspectiva, este mundo como existe precisa terminar. Então o policial, para mim, é aquele momento –Para nós ajudarmos Traga o fim do mundo. O fim do mundo que mata, que deve morrer, para que outro mundo possa nascer. ” – JUREMA WERNECK

A conversa direta para a semana do clima reafirma o quanto as favelas e as áreas periféricas são engajadas e atentas, cada uma à sua maneira buscando soluções para reduzir os impactos das mudanças climáticas em suas comunidades.

Sobre o autor: Carla Regina Aguiar Dos Santos nasceu e foi criado em Morro do Turano. Seu trabalho como jornalista comunitário sempre priorizou os acontecimentos do dia-a-dia nas favelas. Relatando o que acontece além da visão da mídia tradicional, ela contribuiu para a agência de notícias da favela (ANF), Uma púbblicaAssim, UE, Rio! e Terra. Ela recebeu o prêmio ANF de jornalismo na categoria de cultura e o Prêmio Neuza Maria de Jornalismo.


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